Ésquines



ÉSQUINES. O partido montanista se dividiu, por volta do final do século II, entre dois discípulos de Montano, Prócuro e Ésquines. O primeiro foi confrontado pelo sacerdote Caio em uma controvérsia famosa, em Roma, enquanto Ésquines deu ouvidos à teoria dos unitários e, junto com os dois Teódoto e Noeto, abriu caminho para Sabélio, ou seja, para o patripassianismo. Tertuliano, De praescriptionibus, 52, 53, P. L., t. II, col. 72. Ele alegava, de fato, que Cristo é o Filho e o Pai. Essa variação, introduzida no montanismo por Ésquines, não escapou nem a São Jerônimo, que a mencionou em sua carta 41 a Marcela, nem a São Hipólito. Philos., VIII, 19. Ela provavelmente foi tema de alguma obra, pois, segundo o Philosophumena, ibid., os montanistas recorriam à escrita e consideravam seus livros mais valiosos para seus seguidores do que o Antigo e o Novo Testamento. De qualquer forma, não restou nenhum vestígio disso na literatura.

Tertuliano, De praescriptionibus, P. L., t. 1, col. 72; S. Jerônimo, Ep. ad Marcellam, XLI, P. L., t. XXII, c. LII, LIII, col. 475; Philosophumena, VIII, 19, P. G., t. XVI, col. 3366.

G. BAREILLE.