Discípulo de Fulberto de Chartres (foto) por volta de 1024, tornou-se escolástico da Igreja de Liège, retirou-se para a Alemanha e depois para a Lombardia, onde foi eleito por volta de 1050 bispo de Brescia; lá faleceu por volta de 1053.
Ao tomar conhecimento dos erros de Berengário, escreveu-lhe por volta de 1050 uma carta muito notável, na qual estabelece a crença no mistério da eucaristia, fundamentando-se na promessa de Jesus de nos dar um pão que seria sua própria carne; isso ele realizou ao instituir a eucaristia; ele o fez porque é todo-poderoso; o efeito é invisível, assim como o do batismo, que não muda nada na aparência do batizado. O que nos resta dessa carta foi impresso em Louvain em 1551, por Martin Rotaire e Pierre Phalesius, juntamente com os tratados de Paschasius Radbertus, Lanfranco, etc., sobre esse assunto. Adelman também deixou Rimas Alfabéticas, onde descreve os eruditos das escolas de Chartres e de Liège: De viris illustribus sui temporis. Mabillon os publicou em Analecta, vol. 1. — Esses dois escritos de Adelman estão no volume CXLIII da Patrologia Latina de Migne, col. 1219.
Fabricius, Bibliotheca mediae aetatis, Hamburgo, 1734, vol. 1, p. 32; dom Ceillier, Hist. des aut. sacrés, Paris, 1757, vol. XX, p. 438; Hist. litt. de la France, vol. VII, p. 542; P. L., vol. CXLIII, col. 1219.
L. LAVENBRUCK.