Professor de teologia moral e pastoral na faculdade de teologia católica de Bonn, um dos discípulos mais fervorosos de Hermés, nasceu em Wesel, em 1º de junho de 1788, e faleceu em Bonn, em 14 de maio de 1877.
Nomeado professor de teologia em 1817, ele fundou em 1832, juntamente com seu colega Braun, a revista "Zeitschrift für Philosophie und katholische Theologie" (1832-1852), para a defesa das doutrinas de Hermes. Dois anos depois (1834-1836), ele publicou sob o título de "Christkatholische Dogmatik", vols. 1, 2 e parte 3, os escritos teológicos de seu mestre. Esta publicação, feita em prol da causa de Hermes, apenas exacerbou a luta.
Gregório XVI condenou (26 de setembro de 1835) os escritos de Hermes, que foram colocados no índice em 7 de janeiro de 1836. Achterfeldt, juntamente com a maioria dos hermesianos, recusou-se a se submeter à sentença romana. Um escrito de Achterfeldt foi condenado pelo Santo Ofício em 28 de novembro de 1838. Mais tarde, quando a maioria dos opositores já havia se submetido, Achterfeldt, em vez de assinar a declaração exigida pelo arcebispo-coadjutor Jean de Geissel, preferiu ser dispensado de suas funções como professor (1843). A revista continuou seus ataques mais virulentos do que nunca contra os adversários de Hermes, e quando a revolução de 1848 e o renascimento da vida católica na Alemanha afundaram o hermesianismo, Achterfeldt permaneceu refratário.
Finalmente, ele assinou uma declaração que foi considerada suficiente pela autoridade episcopal. Ele foi reintegrado em sua cátedra em 1862, mas suspenso novamente em 1873. Ver o artigo HERMESIANISMO.
E. MULLER.
